domingo, 6 de junho de 2010

História da Psicologia no Brasil e na Bahia

A vinda da família real estabeleceu um marco de para os fenômenos psicológicos, o domínio político e social era monopólio da igreja sob a influência da nobreza.
As cartas enviadas a Portugal narravam não só as belezas e riquezas da nova terra, mas o povo, e acima de tudo, seu comportamento diante do grupo, do desconhecido, sua cultura e porque não dizer, ainda que inconsciente, a sua psiquê. Emoção, autoconhecimento, adaptação, persuasão, tudo era vinculado a teologia, pedagogia, moral, política, arquitetura e principalmente a medicina constituindo dessa forma, área especifica do conhecimento onde a psicologia se fez presente de forma direta, através dos discursos , análises, estudos e por isso mesmo, onde ela mais se desenvolveu .

Da colônia ao império, mudanças políticas e sociais evoluíram o pensamento psicológico desenvolvendo ideias e práticas favorecendo a psicologia fundamentar-se mais na educação e medicina. Os primeiros psicólogos brasileiros eram bacharéis em direito, engenheiros, educadores, médicos e estrangeiros que vinham ministrar cursos, prestar serviços, palestras e aqui ficavam.
A Psicologia no Brasil teve início, na Bahia: nas Cadeiras de Cirurgia; e no Rio de Janeiro em Cirurgia e Anatomia, no ano de 1808 . Após vinte e quatro anos foi fundada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia,em 1833. Vivia-se um momento onde a medicina buscava estruturar o saneamento da cidade retirando tudo de sujo ou que denegrisse a cidade e foi nesse contexto surgem os hospícios. O titulo de doutor atribuído a classe médica era vinculado a uma tese de doutoramento sendo na sua maioria temas relacionados a Psiquiatria, Neurologia, Neuriatria, Medicina Social e Medicina Legal. Meados do século XIX e inicio do século XX, as teses, trabalhos e doutoramento apresentados na medicina evoluíam ao passo que aproximavam-se também dos avanços do contexto global imprescindível para a compreensão da História Psicologia do Brasil. Em 1879, houve a criação do Laboratório de Psicologia da Universidade de Leipzig, na Alemanha por Wundt; 1889, a reforma de Benjamin Constant inclui no currículo das Escolas Normais a disciplina de Psicologia , dentre muitas conquista no mundo e em especifico no Brasil, está a obrigatoriedade durante os três primeiros anos da disciplina de Psicologia no ensino superior de Filosofia, Pedagogia, Ciências Sociais e em todos os cursos de licenciatura passando a Psiquiatria e Neurologia para disciplina opcional(1888,USP).
A Bahia encontrou as mesmas dificuldades para implantar e estruturar-se na área da Psicologia, João Ignácio de Mendonça e Isaias de Almeida, professores de psicologia da Faculdade de Filosofia e pedagogia foram pioneiros quanto a sistematização de conhecimentos a respeito da Psicologia. Em 1968, foi criado o curso de Psicologia na UFBA e no âmbito médico, o Nina Rodrigues(1939) absorve o contexto social ampliando o conhecimento a partir dos aspectos humanos : comportamento de grupo, cultura, sociedade, etnia. Inspirando-se no modelo europeu de produção cientifica que tornava patológicos os conflitos cotidianos. Com a regulamentação da profissão a Psicologia sofre alterações, a formação refere-se a três ares: clínica, escolar e organizacional. Ficando possibilidades de atuação profissional na área: Psicologia Hospitalar, criminal, jurídica, a forense, institucional, social saúde pública dentre outras.
Assim como no mundo, e em todas as áreas, estudos e pesquisas procuram uma cura, solução melhoras para o contexto social, onde a saúde e a educação são pilares dignos de investidas onde o individuo psicológico absorvido, viva de modo, natural e saudável.

domingo, 30 de maio de 2010

Dados estatísticos sobre o atendimento psiquiátrico na região Nordeste do Brasil

Introdução

Com o advento da reforma psiquiátrica, os centros de atenção psicossocial começaram a surgir nas cidades brasileiras na década de 80. O centro de atenção psicossocial (CAPS), são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários cujo objetivo é oferecer atendimento diário às pessoas que sofrem com transtornos mentais severos e persistentes e a reinserção dos portadores de transtorno mentais ao meio social através de acesso ao trabalho, lazer exercícios dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
Não há dúvidas de que a expansão da rede CAPS foi fundamental para visíveis mudanças que estão em curso na assistência às pessoas com transtorno mentais.
Especificamente na região do nordeste brasileiro, foram contabilizados 450 CAPS em funcionamento, sobressaindo o estado da Bahia, o qual, 101 cidades possuem esse modelo de atendimento representando cerca de 27,7% do total em toda região.
Quanto à redução dos leitos psiquiátricos, houve na década de 70 uma acelerada privatização dos leitos no Brasil. Em 1941, havia 21,079 leitos psiquiátricos públicos 3,034 privados. Essa número foi crescendo nesta mesma proporção até a década de 70 nessa mesma proporção aonde se chegou a calcular um numero de 47,677 leitos públicos 34,433 leitos privados. Entre tanto partir dos anos 70, houve uma inversão dramática, onde os leitos privados passam a ter um crescimento acelerado em detrimento aos leitos públicos.
O processo de desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internação passa a ser um caso politico no Brasil no inicio do século 90, avançando em 2002, onde foram realizados uma série de normatização no ministério da saúde.
Este método se origina por uma redução de leitos em hospitais psiquiátricos através de mecanismo que são que até então são considerados seguros.

Estratégia
O método utilizado desinstitucionalizar as pessoas com longo histórico de internação psiquiátricas avançou de forma significante, sobre tudo através da instituição pelo Ministério da Saúde, de mecanismos seguros para a redução der leitos no país e o progresso dos serviços que vão substituir os hospitais psiquiátricos.

Houve uma avaliação do ritmo de redução de leitos em todo o país, onde foram considerados os processos históricos de importação dos leitos psiquiátricos nos estados, os quais foram distribuídos em todo o Brasil.
Em suma, a distribuição dos atuais leitos psiquiátricos existentes no Brasil expressa um processo histórico relevante de implementação nos estados de um modelo hospitalocêntrico de assistência em saúde mental.
Ao verificar os números de leitos, foi possível perceber que a oferta hospitalar em sua maioria nos leitos privados representa cerca de 58 % dos leitos em psiquiatria calculado em 42,076 leitos psiquiátricos, os quais estão distribuídos em todo país. Dessa forma fica perceptível o valor desfavorável às demais regiões.
O maior índice de tradição hospitalar e a alta concentração de leitos psiquiátricos encontram-se na região nordeste do Brasil, onde se destacam os estados da Bahia e Paraíba.



• A tabela abaixo mostra detalhadamente como é feita a distribuição de CAPS nos estados do nordeste.


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• A tabela a seguir mostra detalhadamente como é feita a distribuição de Hospitais e leitos Psiquiátricos nos estados do nordeste.


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Relatório: Reforma Psiquiátrica

A reforma psiquiátrica é um movimento sociopolítico que iniciou na década de 80 e continua instituindo novas práticas terapêuticas para pacientes acometidos de transtornos mentais, seu objetivo é ajudar esses indivíduos a recuperar a vida social. Apesar disso, o profissional de psicologia entrevistado, aponta que ainda existe uma distância entre esse movimento e a realidade.
É possível chegar a chegar à conclusão de que a proposta da Reforma está, aos poucos, atingindo o seu objetivo, entretanto, o apoio do governo é de extrema importância, e isso ainda anda a passos lentos, comparado ao aumento da necessidade de atendimento nos CAPS e nas residências terapêuticas.

De acordo com a opinião do nosso entrevistado, não somente os psicólogos precisam de melhores condições de trabalho, mas toda a equipe, pois se trata de um exercício multidisciplinar, ou seja, o sucesso no tratamento de um paciente depende da coesão de toda a equipe.

Dessa forma, fica claro que não pode ter uma visão romântica de que é possível “mudar o mundo” sem que haja, de fato, uma boa estrutura, profissionais qualificados e atualizados, equipamentos em bom estado, apoio da família e principalmente, interesse e dedicação dos governantes.

Os exemplos de atendimento nos CAPS e nas residências terapêuticas servem para mostrar que a doença mental deve ser tratada com a devida importância.

Resenha crítica: "Nós que aqui estamos por vós esperamos"

É um documentário desenvolvido em 1998 por Marcelo Masagão. O cineasta chegou a estudar Psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) de 1978 a 1982, mas não concluiu o curso.

O título Nós que aqui estamos, por vós esperamos, foi inspirado na frase existente no letreiro de um cemitério brasileiro e vem de encontro com a mensagem embutida durante o filme, de que a morte é inevitável, mas o que vale são os feitos durante a vida. Esses foram relembrados por Masagão em quase uma hora de retratos, cenas e imagens, envolvendo homens e mulheres comuns quanto ilustres, que fizeram história durante o século XX. O diretor resume sua obra com a seguinte frase: “ O historiador é o rei. Freud, a rainha. Pequenas histórias. Grandes personagens do breve século XX.”

O documentário não segue uma ordem cronológica de acontecimentos, nem possui atores ou narrador. O diretor quis seguir um roteiro por grupos de importância, apresentando frases de impacto com imagens igualmente impactantes. Nos primeiros minutos, Masagão apresenta estudiosos como Freud com sua psicanálise, e Einstein com sua física; apresenta também algumas mudanças e descobertas do século como a máquina fotográfica, a industrialização, a inserção da mulher no mercado de trabalho, o metrô, o telefone. Algumas das frases que ilustram este cenário: “O balé já não era clássico. A cidade já não cheirava a cavalo. Pelo túnel, o metrô. Pelo fio preto, a fala”. Outra citação: “Garotas trocavam o corpete, pela máquina de escrever” e ainda: “os quadros já eram Picasso. Os sonhos já eram interpretados”.

Posteriormente Masagão traça a história de homens comuns, ao mesmo tempo que vai mostrando a evolução dos acontecimentos, como por exemplo, Alex Anderson, trabalhava na empresa Ford, ajudou a produzir milhares deles, mas nunca teve seu carro. Morreu de gripe espanhola. Conta nesta brecha o cineasta, que o tempo de produção de um automóvel que antes era de 14h passou para 1h 33 min. Salientou que os trabalhadores labutavam 12 horas por dia, inclusive aos sábados. Assim, o filme mostra através do exemplo de um homem comum que fez parte da história do século XX como funcionava a administração clássica de produção e a mecanização do trabalhador.

O documentário retrata ainda, as duas Guerras Mundiais, além da Guerra do Golfo. Este relato vem com imagens bastante chocantes, com partes do corpo humano mutiladas, bem como outros horrores da guerra. Apresenta também o Crash da Bolsa em 1929.

Em outro bloco, Masagão apresenta diferentes líderes como Hitler, Mao Tsé-Tung, Mussolini, Pol Pot. Franco, Salazar, Idi Amin, Ceausescu, Ferdinand Marcos, Pinochet, Reza Pahlevi. Nesta mesma perspectiva apresenta escritores, estudiosos e cientistas, apresentando a cada um com frases escritas por eles. A viagem para a Lua também é citada.

Uma das cenas mais belas do documentário fica a cargo da junção entre dança e futebol, quando Masagão apresenta Fred Astaire (1899-1987) e Mané Garrincha (1933-1983) se movimentando de forma ritmada, um jogando futebol e o outro dançando. O toque da música ao fundo parecia que estava sendo ouvida por ambos que seguiam o mesmo compasso, cada um fazendo a sua arte.

Outra parte do documentário é dedicada às mulheres, os feitos e suas respectivas autoras: a ousadia do maiô; a mulher fumando seu primeiro cigarro em público; a conquista do direito ao voto; os sutiãs queimados em praça pública; o surgimento da mini-saia; a mulher escritora, estilista, trabalhadora.

Posteriormente o documentário aborda o surgimento dos bens de consumo em massa: a casa própria, a televisão, os eletrodomésticos, os carros; o surgimento da luz elétrica, do rádio e da aspirina. E por fim, o documentário procurou retratar a forma com que cada país exerce sua crença e seu apego com Deus.

O filme resgata sonhos humanos, e até porque não dizer sua ingenuidade diante de certos aspectos, como o brasileiro Arthur Bispo do Rosário que em 1980 fez uma roupa especial dotada de asa, para se encontrar com Deus; ou o caso do alfaiate M. Reisfeld que em 1911 pulou da Torre Eiffel. O documentário mostra também a vaidade humana, a busca por poder, as discrepâncias sociais. E um traço marcante não somente do século XX que frisa o vazio do homem moderno que possui bem-estar e prazer, porém é infeliz e descontente, suas verdades são negociáveis, tudo é relativo, demonstrando assim o ser humano frágil, alheio ao que é valoroso, inconsciente e fraco que se apresenta no final do século XX.

Por fim, pode-se concluir que existem muitos aspectos positivos advindos do século XX derivados entre outras coisas pelo avanço da ciência e da tecnologia. Por outro lado há a proliferação do consumismo e da permissividade, informações não informativas que vão aos poucos gerando indivíduos imaturos, caracterizados pela desorientação, pela inversão de valores e vazio espiritual, pela descrença, pelo pessimismo, pelo falta de compromisso. Diante de tal perspectiva cresce a ansiedade carregada de incertezas e de maus presságios. O homem busca ser feliz, mas nessa sede por encontrar a felicidade acaba se apegando ao efêmero. A forma mais concreta do homem completar este vazio é recuperando seus referenciais, seus valores existenciais, sua fé, seu lado espiritual e o respeito por si e pelos seus semelhantes.

Este documentário foi elaborado há mais de dez anos, mas seu contexto ainda é muito propício para os dias atuais, além disso, é multidisciplinar, pois aborda desde conhecimento gerais, incluindo História, Psicologia, Artes, Geografia e Política. Enfim, é um vasto material para discussão e análise.


Ficha técnica:
Nós que aqui estamos por vós esperamos. Brasil. 1998.
Direção e Roteiro: Marcelo Masagão.
Música: Win Mestens.
Duração: 55 minutos

Resenha do filme "O nome da rosa"

O filme O nome da rosa é baseado no livro de Humberto Eco, tornando-se filme na década de 80. Sua ideia central é baseada na investigação de crimes ocorridos em um tranquilo mosteiro italiano do século XIV, retratando um caso de suspense da Igreja Católica na época da inquisição.

No ano de 1327 o monge franciscano Guilherme de Baskerville e seu acompanhante, o noviço Adson den Melk, são chamados para um mosteiro ao norte da Itália. O monge teria ido até lá por motivos políticos, porém, é convidado a solucionar um crime, que acreditavam ser de ordem sobrenatural, deixando a todos no local, bastante agitados. Era a época da Inquisição e uma solução deveria ser encontrada, caso contrário, o fato chegaria ao conhecimento do Papa e os enviados dele chegariam ao mosteiro.

Dessa maneira, Guilherme e Adson começam a explorar o lugar, e todas as evidências levam a crer que o monge Adelmo havia se suicidado. Porém, quando todos pensavam que o problema havia sido resolvido, mais um monge é encontrado morto. Mas dessa vez a hipótese de suicídio é descartada, pois os dois mortos apresentavam um dos dedos e a língua sujos de tinta. Os investigadores continuam na busca por mais evidências e encontram uma torre, onde todos os livros e relíquias eram escondidos e pouquíssimos tinham acesso aos mesmos.

No decorrer da investigação, Guilherme descobre uma importante testemunha que iria fortalecer suas suspeitas de que os jovens estavam sendo mortos em virtude de um livro proibido, considerado espiritualmente perigoso. Assim, foi esclarecido o mistério: Berengário era o monge assistente da biblioteca e sentia-se atraído por belos jovens. Adelmo, o jovem monge, resolveu ler o livro proibido e Berengário, em troca de favores sexuais mostrou como e onde encontrá-lo. Arrependido, Adelmo entrega o pergaminho, sob os olhos de uma testemunha, com as coordenadas para entregar o livro a Venâncio (o segundo monge encontrado morto) e depois se suicida. Venâncio ao encontrar o livro, o pega para ler, mas o veneno do livro o mata antes dele saber seu conteúdo. Em seguida, Berengário também encontra o livro e tenta lê-lo, ocorrendo assim, a terceira vítima.

Com todos esses fatos ocorridos, Guilherme conta a história ao abade superior e exige entrar na biblioteca para investigar. Porém, ele não tem sucesso, pois seu acesso à biblioteca é negado e é exigido que as investigações sejam encerradas devido à chegada de um inquisitor, que segundo o abade superior, iria solucionar o caso. Guilherme confidencia a Adson que já foi inquisidor e que quase foi para a fogueira a mando de Bernardo por inocentar um homem, cujo crime foi traduzir um livro escrito em grego que conflitava com as Escrituras Sagradas. Guilherme teve que se retratar para livrar-se da morte, sendo preso e torturado, mas o tradutor foi condenado e queimado.

Com a chegada do inquisidor, há a punição de três inocentes, que confessaram os crimes sob tortura, porém ocorre o quarto assassinato no mosteiro: o bibliotecário é encontrado morto nas mesmas condições dos demais assassinados. Guilherme não concordara com a acusação das três pessoas e acaba sendo acusado pelo inquisidor de ser o assassino dos crimes no mosteiro. Com isso, começa a corrida dos investigadores para encontrarem o livro proibido. Chegam à biblioteca escondida e descobre ali o assassino, Jorge o monge cego. O livro proibido é o Poética de Aristóteles, e de acordo com Jorge o livro incita a comédia e não é aceitável o homem rir de tudo, pois logo pensará que pode rir de Deus, tornando o mundo um caos. Desesparado, Jorge põe fogo na abadia, sendo os livros queimados, mas Guilherme consegue resgatar alguns e provar que estava certo com relação aos atentados.

O nome da rosa, mais do que uma crítica à Igreja Católica, diz respeito aos crimes hediondos realizados em nome da fé, bem como o medo que os poderosos têm da disseminação do conhecimento. Os laços estreitos do conhecimento com o poder não podem deixar de ser mencionados, pois quem detém conhecimento, detém o poder.

O filme mostra fatos ocorridos durante o Teocentrismo na Idade Média, período esse que não contribuiu em nada para a psicologia, pois apesar de ter existido estudos sobre a reflexão humana, por exemplo, na Escolástica com São Tomaz de Aquino, esses estudos não tiveram nenhuma base científica. Portanto a única contribuição desse período foi para o indivíduo, mostrando a importância do conhecimento e do uso da razão. Guilherme como um renascentista, apesar de sua fé, também faz uso da razão. Assim, ao contrário do que pregava a Igreja na época, o monge evidencia que ambas não precisam ser excludentes. Por fim, a reflexão sobre o filme, diz respeito ao descobrimento da verdade, em que a Inquisição utilizou-se do pretexto de heresia, condenando muitos à morte, mandando inocentes para a fogueira em nome da fé. A Igreja renunciou por muitas vezes o conhecimento e a verdade, não permitindo que certos dogmas fossem questionados por ninguém, impedindo as pessoas de pensar.


Ficha técnica do filme:

• Título original: Der Name Der Rose
• Gênero: Ficção
• Duração: 130 minutos
• Lançamento: 1986 (Alemanha)
• Direção: Jean-Jacques Annaud
• Atores: Sean Connery , Christian Slater , Helmut Qualtinger , Elya Baskin , Michael Lonsdale

domingo, 2 de maio de 2010

Resenha do filme " Fúria de Titãs"

A resenha que iremos descrever é sobre o filme “Fúria de Titãs” produzido em 1981, história que é baseada na Mitologia Grega. Com isso, poderemos perceber o quão era próxima a relação dos Deuses com os mortais e o quanto a vida desses mortais era influenciada pelas ações dos Deuses, que “brincavam” com o destino de cada um.

O filme Fúria de Titãs conta sobre a lenda de Perseu. Ele é filho de Zeus com uma mortal, a princesa Dânae. O Rei Acrísio de Argos, pai de Dânae, mostra sua raiva com relação a Zeus por ter engravidado sua filha, lançando-a ao mar, em uma arca de madeira, juntamente com o filho de sua união com Zeus, Perseu. Porém, com o pedido de Zeus a Poseidon, os dois chegam sãos e salvos na ilha de Sérifo, onde vivem até Perseu tornar-se adulto.

Tetis, com ciúmes por causa do tratamento dado ao seu filho, traz Perseu de sua ilha natal para Joppa, onde ele fica sabendo sobre Andrômeda e seu drama: Ela não pode casar-se a menos que o pretendente responda corretamente a um enigma dado por Calibos, o filho de Tetis que foi amaldiçoado por Zeus. O pretendente que não responder corretamente ao enigma é queimado vivo, preso a uma estaca.

Perseu é presenteado pelos Deuses do Olimpo com diversos equipamentos para combate, como um capacete de invisibilidade, um escudo e uma espada, incluindo o cavalo alado Pégaso. A partir daí, Perseu descobre a solução do enigma e é quase capturado por Calibos, mas defende-se decepando a mão do inimigo com a espada.

Durante a apresentação de mais um pretendente, Perseu invade a cerimônia e candidata-se, respondendo corretamente o enigma e apresenta a mão decepada de Calibos. Dessa forma, ele conquista a mão de Andrômeda para o casamento. Assim, durante o casamento, realizado em seu Templo, quando a Rainha Cassiopéia compara a beleza da filha à da Deusa Tetis, essa última enfurece-se. Sua estátua cai, quebra-se e sua cabeça ganha vida exigindo que Andrômeda seja sacrificada a um monstro marinho (o Kraken), em 30 dias, e com a exigência de que ainda se mantivesse virgem. De outro modo, o monstro destruiria Joppa.


Perseu, desesperado, procura um meio de derrotar o titã Kraken e junto com Hermes e a coruja de ouro Bubo (mais um presente dos Deuses, compensando a perda do seu capacete), parte para conseguir seus objetivos. Bubo guia Perseu até as Bruxas Estigeanas, um trio de velhas cegas que possuem apenas um único olho de vidro para enxergar. Perseu apodera-se desse olho e obriga as bruxas a revelar que a única forma de derrotar o Kraken é por meio do uso da cabeça de outro monstro, a Medusa, uma das Górgonas. Medusa não foi sempre um monstro, foi antes uma bela mulher, mas, por ter-se atrevido a fazer amor com Poseidon no templo de Afrodite, foi punida e transformada num monstro horrível.

Ao olhar para a Medusa, qualquer mortal é transformado em pedra. Ela habitava a Ilha da Morte, no centro do mundo subterrâneo. Perseu chega até lá, luta e mata o monstro cortando-lhe a cabeça, utilizando-se do reflexo refletido no interior de seu escudo. Ao voltar, Perseu enfrenta e mata Calibos, usando a espada de Afrodite.

No momento em que Andrômeda ia ser sacrificada ao monstro Kraken, Perseu aparece montando Pégaso, e utilizando a cabeça da Medusa, transforma o último dos Titãs em pedra. Andrômeda é libertada e eles então se casam. Por ordem de Zeus, o casal, Pégaso e Cassiopéia foram transformados em constelação.

Dessa forma, por meio do filme, foi possível perceber que os Deuses gregos eram semelhantes a qualquer individuo mortal: Passíveis de emoções enfrentavam situações cotidianas da vida e possuíam também defeitos próprios dos seres humanos, o que os diferem é simplesmente por possuírem poderes sobrenaturais.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A importância da comunicação

 
A comunicação ocorre quando emitimos uma mensagem por meio da linguagem e esta é compreendida. Esta ação é de extrema importância e faz parte da sobrevivência e desenvolvimento humano. Serão apresentados os conceitos básicos de comunicação, utilizando alguns fatos do filme americano “O Terminal”, lançado em 2004, dirigido por Steven Spielberg, tendo Tom Hanks como ator principal no papel de Viktor Navroski. Na trama, ele teve sua entrada nos EUA negada e não pôde voltar a seu país de origem, a fictícia Krakozhia, devido a um golpe de estado. Ele fica preso no aeroporto os nove meses seguintes. 

“Para que a comunicação se realize com sucesso, é necessário que cada um compreenda bem o que o outro diz”.



A primeira observação que pode ser feita é sobre a importância de dominar a língua do país para onde se pretende viajar, coisa que não ocorre e isso traz muitos transtornos. Viktor enfrenta muitas dificuldades, e isso fica evidente em momentos que ele tenta se comunicar com outras pessoas e até mesmo com o Dixon, para entender o que houve com seu visto, e o motivo dele não poder sair do aeroporto, entre outras situações.

Diante dessas dificuldades, para estabelecer comunicação e entender tudo o que ocorre a sua volta, Viktor cria sua didática por meio de comparações usando os três tipos de linguagens:
A linguagem mista, identificada por conter tanto palavras como cores, desenhos, símbolos, luzes, entre outros. Essa linguagem encontra-se disponível na placa de sinalização amarela na qual Grupta põe para alertar sobre o perigo de deslize “piso molhado”, no qual todos escorregam, por não terem o hábito de ler avisos. Encontra-se também avisos de identificação nas portas dos banheiros para identificar masculino e feminino.
linguagem não verbal, identificada por não conter palavras, apenas cores, desenhos, símbolos, luzes, entre outros, encontrada na faixa amarela para indicar a distância da fila até o balcão de atendimento e nas placas para indicar telefone público.
A linguagem verbal, contém apenas palavras, por exemplo, nos livros e no próprio discurso.

“Todas as linguagens são possíveis, desde que cumpram com eficiência o seu papel fundamental – o de permitir interação entre as pessoas”.

Um momento de grande importância no filme é quando ele se depara com um conterrâneo que está preso pelos seguranças do terminal. Ele porta medicamentos na bagagem sem autorização e é solicitado a Viktor que traduza o que o rapaz tenta desesperadamente explicar. Viktor entende que os remédios são para o pai do rapaz e tenta ajudar, percebendo que apenas ele consegue estabelecer comunicação com o sujeito, ele o ajuda com a falsa informação de que os remédios são para animais e não para humanos.
Dessa forma, foi possível perceber por meio do filme, que tem um toque humorístico, que existem componentes essenciais para a realização da comunicação, e na falta de um deles o processo não terá alcançado seu objetivo final, que é transmitir a informação e ser recebido e compreendido pela outra parte que a recebe. Isso nos remete a refletir o quanto a comunicação é essencial para estabelecer relações sociais.