domingo, 6 de junho de 2010

História da Psicologia no Brasil e na Bahia

A vinda da família real estabeleceu um marco de para os fenômenos psicológicos, o domínio político e social era monopólio da igreja sob a influência da nobreza.
As cartas enviadas a Portugal narravam não só as belezas e riquezas da nova terra, mas o povo, e acima de tudo, seu comportamento diante do grupo, do desconhecido, sua cultura e porque não dizer, ainda que inconsciente, a sua psiquê. Emoção, autoconhecimento, adaptação, persuasão, tudo era vinculado a teologia, pedagogia, moral, política, arquitetura e principalmente a medicina constituindo dessa forma, área especifica do conhecimento onde a psicologia se fez presente de forma direta, através dos discursos , análises, estudos e por isso mesmo, onde ela mais se desenvolveu .

Da colônia ao império, mudanças políticas e sociais evoluíram o pensamento psicológico desenvolvendo ideias e práticas favorecendo a psicologia fundamentar-se mais na educação e medicina. Os primeiros psicólogos brasileiros eram bacharéis em direito, engenheiros, educadores, médicos e estrangeiros que vinham ministrar cursos, prestar serviços, palestras e aqui ficavam.
A Psicologia no Brasil teve início, na Bahia: nas Cadeiras de Cirurgia; e no Rio de Janeiro em Cirurgia e Anatomia, no ano de 1808 . Após vinte e quatro anos foi fundada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia,em 1833. Vivia-se um momento onde a medicina buscava estruturar o saneamento da cidade retirando tudo de sujo ou que denegrisse a cidade e foi nesse contexto surgem os hospícios. O titulo de doutor atribuído a classe médica era vinculado a uma tese de doutoramento sendo na sua maioria temas relacionados a Psiquiatria, Neurologia, Neuriatria, Medicina Social e Medicina Legal. Meados do século XIX e inicio do século XX, as teses, trabalhos e doutoramento apresentados na medicina evoluíam ao passo que aproximavam-se também dos avanços do contexto global imprescindível para a compreensão da História Psicologia do Brasil. Em 1879, houve a criação do Laboratório de Psicologia da Universidade de Leipzig, na Alemanha por Wundt; 1889, a reforma de Benjamin Constant inclui no currículo das Escolas Normais a disciplina de Psicologia , dentre muitas conquista no mundo e em especifico no Brasil, está a obrigatoriedade durante os três primeiros anos da disciplina de Psicologia no ensino superior de Filosofia, Pedagogia, Ciências Sociais e em todos os cursos de licenciatura passando a Psiquiatria e Neurologia para disciplina opcional(1888,USP).
A Bahia encontrou as mesmas dificuldades para implantar e estruturar-se na área da Psicologia, João Ignácio de Mendonça e Isaias de Almeida, professores de psicologia da Faculdade de Filosofia e pedagogia foram pioneiros quanto a sistematização de conhecimentos a respeito da Psicologia. Em 1968, foi criado o curso de Psicologia na UFBA e no âmbito médico, o Nina Rodrigues(1939) absorve o contexto social ampliando o conhecimento a partir dos aspectos humanos : comportamento de grupo, cultura, sociedade, etnia. Inspirando-se no modelo europeu de produção cientifica que tornava patológicos os conflitos cotidianos. Com a regulamentação da profissão a Psicologia sofre alterações, a formação refere-se a três ares: clínica, escolar e organizacional. Ficando possibilidades de atuação profissional na área: Psicologia Hospitalar, criminal, jurídica, a forense, institucional, social saúde pública dentre outras.
Assim como no mundo, e em todas as áreas, estudos e pesquisas procuram uma cura, solução melhoras para o contexto social, onde a saúde e a educação são pilares dignos de investidas onde o individuo psicológico absorvido, viva de modo, natural e saudável.