O filme O nome da rosa é baseado no livro de Humberto Eco, tornando-se filme na década de 80. Sua ideia central é baseada na investigação de crimes ocorridos em um tranquilo mosteiro italiano do século XIV, retratando um caso de suspense da Igreja Católica na época da inquisição.
No ano de 1327 o monge franciscano Guilherme de Baskerville e seu acompanhante, o noviço Adson den Melk, são chamados para um mosteiro ao norte da Itália. O monge teria ido até lá por motivos políticos, porém, é convidado a solucionar um crime, que acreditavam ser de ordem sobrenatural, deixando a todos no local, bastante agitados. Era a época da Inquisição e uma solução deveria ser encontrada, caso contrário, o fato chegaria ao conhecimento do Papa e os enviados dele chegariam ao mosteiro.
Dessa maneira, Guilherme e Adson começam a explorar o lugar, e todas as evidências levam a crer que o monge Adelmo havia se suicidado. Porém, quando todos pensavam que o problema havia sido resolvido, mais um monge é encontrado morto. Mas dessa vez a hipótese de suicídio é descartada, pois os dois mortos apresentavam um dos dedos e a língua sujos de tinta. Os investigadores continuam na busca por mais evidências e encontram uma torre, onde todos os livros e relíquias eram escondidos e pouquíssimos tinham acesso aos mesmos.

Com todos esses fatos ocorridos, Guilherme conta a história ao abade superior e exige entrar na biblioteca para investigar. Porém, ele não tem sucesso, pois seu acesso à biblioteca é negado e é exigido que as investigações sejam encerradas devido à chegada de um inquisitor, que segundo o abade superior, iria solucionar o caso. Guilherme confidencia a Adson que já foi inquisidor e que quase foi para a fogueira a mando de Bernardo por inocentar um homem, cujo crime foi traduzir um livro escrito em grego que conflitava com as Escrituras Sagradas. Guilherme teve que se retratar para livrar-se da morte, sendo preso e torturado, mas o tradutor foi condenado e queimado.

O nome da rosa, mais do que uma crítica à Igreja Católica, diz respeito aos crimes hediondos realizados em nome da fé, bem como o medo que os poderosos têm da disseminação do conhecimento. Os laços estreitos do conhecimento com o poder não podem deixar de ser mencionados, pois quem detém conhecimento, detém o poder.
O filme mostra fatos ocorridos durante o Teocentrismo na Idade Média, período esse que não contribuiu em nada para a psicologia, pois apesar de ter existido estudos sobre a reflexão humana, por exemplo, na Escolástica com São Tomaz de Aquino, esses estudos não tiveram nenhuma base científica. Portanto a única contribuição desse período foi para o indivíduo, mostrando a importância do conhecimento e do uso da razão. Guilherme como um renascentista, apesar de sua fé, também faz uso da razão. Assim, ao contrário do que pregava a Igreja na época, o monge evidencia que ambas não precisam ser excludentes. Por fim, a reflexão sobre o filme, diz respeito ao descobrimento da verdade, em que a Inquisição utilizou-se do pretexto de heresia, condenando muitos à morte, mandando inocentes para a fogueira em nome da fé. A Igreja renunciou por muitas vezes o conhecimento e a verdade, não permitindo que certos dogmas fossem questionados por ninguém, impedindo as pessoas de pensar.
Ficha técnica do filme:
• Título original: Der Name Der Rose
• Gênero: Ficção
• Duração: 130 minutos
• Lançamento: 1986 (Alemanha)
• Direção: Jean-Jacques Annaud
• Atores: Sean Connery , Christian Slater , Helmut Qualtinger , Elya Baskin , Michael Lonsdale
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ResponderExcluir1)Qual personagem revela usar os princípios aristotélicos da racionalidade grega? Cite uma passagem que comprova.
2) Qual personagem do filme representa a Santa Inquisição? Comente sobre o seu comportamento.
3) Qual é a alegoria(representação) da Biblioteca da Abadia?
4) Como era a visão dos monges sobre as mulheres, homossexuais?
5) Tratando de temática, como o filme aborda Ciência X Religião?